Grupo Assim

Saúde e Bem Estar Sáude e Bem Estar


A relação entre o mal de Alzheimer e a privação do sono

Postado em 07/02/2020


Pesquisadores da Suécia contataram que jovens privados de apenas uma noite de sono têm níveis mais altos no sangue de da proteína denominada “Tau”, encontrada nos neurônios. Esta proteína pode começar a se desenvolver no cérebro décadas antes que os sintomas da doença apareçam.

Em condições normais, a proteína “Tau” ajuda a manter a estabilidade dos axônios, as longas estruturas tubulares que ligam uma das extremidades de um neurônio a outros e por onde ele transmite seus sinais. No entanto, estas células cerebrais começam a fabricar versões defeituosas da proteína, que vão se acumulando em emaranhados em seu interior e acabam por danificá-la, levando à morte os próprios neurônios que ela deveria ajudar proteger. Surge então doenças neurodegenerativas como o mal de Alzheimer.

Os pesquisadores criaram dois cenários: de noites normais, seguidas de uma noite com interrupções. No grupo de jovens estudado houve um aumento médio de 17% nos níveis de “Tau” no sangue após uma noite de privação de sono, em comparação com um aumento médio de 2% após uma noite de sono normal.

Estudos anteriores feitos em idosos sugeriram que a privação do sono pode aumentar o nível da proteínaTau” no líquido espinhal cerebral. Traumas na cabeça também pode aumentar as concentrações circulantes dela no sangue.

Segundo o médico Jonathan Cedernaes, um dos autores do estudo, quando os neurônios estão ativos, a produção de “Tau” no cérebro aumenta. Níveis mais altos no sangue podem refletir que essas proteínas estão sendo eliminadas do cérebro ou refletir níveis elevados de “Tau” no cérebro. Ele acrescenta que o estudo foi restrito a um pequeno grupo de homens saudáveis e que são necessárias mais evidências para determinar se, de fato, a privação do sono tem impacto sobre a doença degenerativa.

O Assim Saúde deixa você informado sobre as principais pesquisas relacionadas a doenças neurodegenerativas.